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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Porcas Borboletas


Depois de muita preguiça preparação para escrever esse post, finalmente falaremos de uma das bandas mineiras mais inventivas e divertidas dos últimos tempos. Fiquem com o som dos(as) Porcas Borboletas!


Formada há quase 15 anos em Uberlândia, principal cidade do Triângulo Mineiro, a banda Porcas Borboletas esbanja criatividade mesmo com tanto tempo de carreira. O time é formado por Vi - bateria, Chelo - baixo, Ricardim - barulhos, Moita - guitarra e voz, Danislau - voz e guitarra, Banzo - voz e violão.


"Um carinho com os dentes", disco de estreia do grupo, veio em 2005, já mostrando um som expressivo com letras bem escritas, no bom e velho português brasileiro. Ironia, piada, simplicidade e poesia dão o tom aqui (e nos discos seguintes). Entre as canções do álbum, um poema de Arnaldo Antunes: Eu, musicado pela banda. Destaque também para o refrão marcante e ironicamente feliz de Lembrancinha, para a "romântica" Cerveja e para a "cívica" Tarde na Escola. Com o lançamento do primeiro disco, a banda saiu por aí, tocando em diversos festivais independentes pelo Brasil e em outros países, como Inglaterra e França.


Quatro anos depois, veio o disco seguinte. "A Passeio" traz uma parceria com Clarah Averbuck e participações de Leandra Leal, Arrigo e Paulo Barnabé. A qualidade da banda é reconhecida pela revista Rolling Stone Brasil, que elege Menos como uma das 25 melhores músicas nacionais lançadas no ano de 2009. Já a canção Nome Próprio vai para o cinema como tema do filme de mesmo nome, dirigido por Murilo Salles e ganhador do prêmio de melhor filme no Festival de Gramado naquele ano.


Esse ano saiu o terceiro disco da banda, chamado "Porcas Borboletas". Para conhecer o disco novo, leia a "Resenha porca", escrita pelo Thiago.

Uma das características mais marcantes da banda não está exatamente nos discos, mas nas apresentações ao vivo. Os integrantes incorporam espíritos inquietos, se entregam ao momento e se jogam (às vezes, literalmente). Fato é que nenhum show jamais será parecido com o anterior ou com o seguinte - e falo por experiência própria, já devo ter visto uns 4 aqui em BH.

*** O post ficou tanto tempo aqui no rascunho do blog, que os Porcas já até lançaram um clipe novo! A faixa escolhida é Todo mundo tá pensando em sexo, do disco mais recente da banda. Confiram aê a sensacional interpretação dos integrantes:




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Site oficial: porcasborboletas.com.br
Facebook: PorcasBorboletas
Twitter: @osporcas
Youtube: Porcas vídeo


Download dos discos:
Porcas Borboletas - Um Carinho com os Dentes (2005) (Se não der certo, tente esse outro link)
Porcas Borboletas - A Passeio (2009)
O disco novo está disponível no site oficial da banda. Só cadastrar seu nome, e-mail e cidade e o download é liberado!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Do It Yourself - Deluxe Trio


Finalmente a postagem que ficou no rascunho durante meses! Hoje o Do It Yourself vai resgatar uma banda bastante reconhecida no hardcore brasileiro dos anos 2000: Deluxe Trio!


Formada em 2002 na cidade do Rio de Janeiro, a banda foi mais um dos projetos do Gabriel Zander, também conhecido como Bil (ex-Noção de Nada, ex-Discoteque, atual Zander e atual Barizon. deve ter mais alguma banda por aí mas eu não sei). Além dele, que era responsável pela guitarra e pelo vocal, o Deluxe Trio contava inicialmente com Rafael Crespo na bateria (ex-Polara e ex-Planet Hemp) e Guta no baixo (ex-Dandara). O Deluxe Trio foi formado logo depois do fim do Discoteque, período em que Bil já estava com diversas músicas inéditas guardadas. O primeiro registro foi um EP com 5 músicas que acabou sendo um incentivo para a gravação do primeiro full album: Acelerador (2004).

Com um belo projeto gráfico criado por Leo Vilas, Acelerador traz treze faixas em português que deixam um pouco de lado a crítica social e política, bastante comuns no hardcore.  Com letras simples, as músicas focam os sentimentos cotidianos e situações que acontecem comigo ou com você. Fica bastante evidente a importância da guitarra no registro. O instrumento se destaca em diversas músicas, como "Wasabi""Acelerador""Bilhete" e "Deixei de ser você".


Dois anos depois, mais um álbum de estúdio (que seria também o último). Nessa época, o baterista Rafael Crespo dava lugar a Ricardo Rito (ex-Noção de Nada, ex-Dandara). Mais Pimenta, Menos Sal é mais maduro que o disco anterior e já começa bem intenso com "Cassino", um dos grandes destaques dessa gravação, que conta com um refrão forte e direto. "Um pouco mais além", "Meu mundo", "Todo o resto do mundo" e "15 quadras" são belíssimos exemplos de que não é preciso ser agitado e "violento" para ser hardcore, mas pra não perder o costume, no meio dessas faixas que compõem um momento mais light, "Mixtape" e "Cuspe" vem com batidas rápidas e equilibram o jogo. Além das inéditas, o disco ainda traz a faixa "Lucky", gravada originalmente pelo Discoteque.


Em 2007, após o fim do Noção de Nada, o Deluxe Trio se prepara para um turnê nacional e lança o single "E nada mais disse", marcando a chegada do novo baterista Bola (Menores Atos). No ano seguinte, é a vez do próprio Deluxe Trio encerrar suas atividades, cancelando a produção de seu terceiro disco e restando apenas o single "Agosto". Ainda nesse ano, são lançados dois splits: dlxstrpclb (Deluxe Trio + StripClub) e Mais Delírio, Menos Sal (Deluxe Trio + Cinedisco).



Baixe os discos do Deluxe Trio!

Álbuns de estúdio
Acelerador (2004) Clique aqui para download
Mais Pimenta, Menos Sal (2006) Clique aqui para download

Singles
E Nada Mais Disse (2007) Clique aqui para download
Agosto (2008) Clique aqui para download

Splits
Deluxe Trio e StripClub - dlxstrpclb (2008) Clique aqui para download
Deluxe Trio e Cinedisco - Mais Delírio, Menos Sal (2008) Clique aqui para download

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Do It Yourself - Entrevista: Pense


Considerada por muitos como uma das maiores revelações do hardcore nos últimos anos, a Pense já é uma das bandas mais reconhecidas da cena mineira e vem despontando nacionalmente, levando seus shows furiosos e enérgicos para outros estados do Sudeste e Sul do país. Trocamos uma ideia com o baixista Judá Ramos, que nos contou sobre o álbum 'Espelho da Alma', as turnês e os preparativos para o segundo disco.


Pra começar, digam pra galera quem são vocês e falem das bandas que mais influenciaram no som da Pense.
Bom, somos a Pense, de Belo Horizonte-MG. No final de 2007 tivemos a ideia de ter uma banda, sem músicas e apenas conversas, as letras e guitarras iam tomando rumo! Em 2008 lançamos um single ("Rebelde Virtual"), que para nossa alegria foi bem aceito pela galera e no final do ano lançamos outro single ("O Homem do Centro da Cidade"), que por sinal também nos deu um bom retorno do público! Em 2011 assinamos com a Burning London Sounds, que tem nos dado uma enorme força em tudo, lançamos nosso primeiro CD "Espelho da Alma" e em 2012 gravamos nosso primeiro videoclipe de "Dia Corrido". Temos inúmeras influências musicais, cada um escuta muita coisa diferente um do outro, mas temos alguns gostos em comum também, como Snot, Comeback Kid, A Wilhelm Scream, Rise Against, bandas de new metal... Juntamos tudo que nos agrada.

E quanto a bandas mais novas, o que vocês tem escutado?
Eu particulamente tenho escutado muita banda nova nacional e tenho me surpreendido. Bandas como: Medievaz, Blackjaw, Bullet Bane, Plastic Fire, Dillema, Running Like Lions, Nossa Fúria e muitas outras fazem parte do meu play list diariamente.

Sabemos que o início é sempre complicado para todas as bandas, como rolou isso pra vocês? E hoje como vocês se veem como um dos principais destaques da atual cena mineira?
Sim, é bem complicado. No início não tinhamos facilidades para tocar e quase sempre eram shows em que ninguém ficava pra escutar a "banda desconhecida", hahaha, mas creio que toda banda passa por isso, é uma fase.


O disco 'Espelho da Alma' teve uma boa repercussão entre o público e crítica. Como foi a reação da banda diante dessa receptividade?
Pra gente foi gratificante demais, ver anos de suor e investimento valendo apena, pessoas acreditando no nosso esforço não tem preço.Nos motivou e nos deu força pra continuar na correria.

O nome da banda e as letras das músicas são um convite à reflexão acerca de vários temas sociais. Pra vocês, qual o papel da música na conscientização da sociedade?
A música toca a alma, muda seu humor, muda sua visão das coisas, muda seu dia, muda sua vida. A música é uma enorme ferramenta na sociedade.

A música 'Dia Corrido' fala da relação das pessoas com o tempo e do baixo aproveitamento do mesmo com as coisas que realmente importam. E o clipe mostra as correrias do dia a dia de cada membro da banda. Como é isso pra vocês? Como conciliam os empregos e as atividades com a Pense?
Sim, é uma realidade para nós da banda, cada um tem seu trampo, estudos,correrias do dia-dia. Não é fácil manter ensaios semanais, tempo para criar músicas não são tão longos como antigamente, mas acreditamos na Pense, e não queremos abrir mão da banda por conta das nossas correrias.


Eu já fui em vários shows da Pense aqui em BH e as apresentações da banda tem muita energia, deixa a galera eufórica pra caralho. Como vocês veem essa relação com o público mineiro?
Realmente, em BH nos sentimos na sala de nossas casas hahaha.. Galera nos abraçou, e a gente não tem palavras para explicar isso, foi algo rápido e intenso, temos orgulho das pessoas que nos fortalece aqui e que nos surpreende nos shows.

E como foi ter o Atlas Losing Grip abrindo o show pra vocês? (Rizoz)
Hahahahaha... Então, foi estranho e foi de última hora que essa decisão aconteceu. Mas não foi ruim, são coisas que podem e sempre acontecem no hardcore.

A Pense vem fazendo muitos shows fora da cidade, como a Dirty and Real Tour (com Plastic Fire e Horace Green) em São Paulo e no Rio, e em breve vão tocar em dois grandes festivais ao lado de bandas consagradas do HC nacional, como Dead Fish, Garage Fuzz, Questions, dentre outras. Como está sendo a experiência pra banda?
Incrível, estamos conseguindo o que sonhamos e planejamos a anos atrás, não chegamos onde a gente quer, mas estamos no caminho,tocar com essas bandas vai ser emoção pura, buscamos isso e estamos conseguindo. São bandas que de certa forma fez parte da nossa adolescência.

E qual a ambição de vocês com a banda? Onde vocês querem chegar?
Temos em comum a grande vontade de tocar em todos estados do Brasil, fazer tour's com bandas que gostamos, conhecer bandas novas e fazer amizades e contatos pra vida. Por cantarmos em português, sabemos das limitações de ir pra fora do Brasil, não é impossível, porém temos este sonho de rodar o Brasil inteiro. E tocar com bandas como Dead Fish e várias outras faz parte disso tudo.


Por último, mas não menos importante, vocês já estão trabalhando em um novo disco? O que podemos esperar do sucessor de 'Espelho da Alma'? Já dá pra adiantar alguma coisa pra galera?
Sim, estamos. Podem esperar desse novo CD muito berro, muito peso e melodia, muito hardcore e muita dedicação da Pense, letras boas que vão de encontro com cada um. Sem dúvidas, podem esperar algo melhor do que "Espelho da alma".

Judá, mui grato pelo tempo dispensado com o blog Andergraunde. Sucesso pra vocês, continuem levando o nome e a tradição de BH para os outros cantos do Brasa. Fica o espaço pra divulgar os contatos da banda e o que mais você quiser. Manda bala!
Nós que agradecemos pela entrevista, valeu pela força e por lembrar da Pense. Agradecer também a galera que curte nosso som e que nos divulga e passa nossas idéias adiante. E mandar um salve pra Burning London Sounds, nosso parceiro, é nóis Marcola. Tamo junto sempre!

Links:
Facebook - www.facebook.com/pensehardcore
Soundcloud - www.soundcloud.com/pense
Contatos para shows: burninglondonsounds@gmail.com


Download do CD Espelho da alma: 4shared

PRÓXIMO SHOW EM BH
A próxima apresentação da banda aqui em BH está marcada para o dia 27 de abril, junto com o Córdoba (BH) e os holandeses do Bambix.

Maiores informações no flyer:

clique para aumentar a imagem

E fiquem ligados que logo menos lançaremos a primeira promoção do Andergraunde em parceria com a Burning London Sounds! Sortearemos o cd Espelho da Alma + adesivos!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Do it Yourself - The Folsoms


O Do it Yourself dessa semana muda um pouco seu gênero habitual e sai do hardcore em direção ao country. Curtam o som do The Folsoms!


Formado em 2005, o The Folsoms começou suas atividades de forma despretensiosa, com a intenção inicial de fazer apenas um show tocando os maiores clássicos do mestre do country, Johnny Cash. Aliás, o nome da banda foi inspirado por um dos maiores sucessos de Cash, 'Folsom Prison Blues'. A partir dessa apresentação, os músicos se empolgaram, decidiram continuar com o projeto e hoje o The Folsoms é um dos nomes mais representativos no alternative country nacional. Atualmente, o lineup da banda consiste em Alexandre 'Chanceler' Mancini (voz e violão), Claudio 'Jabá' Coscarelli (guitarra), Luís 'Zé' Emílio Naves (baixo) e Márcio Henrique Nassif (bateria).



Depois de um bom tempo de composição, a banda finalmente lançou seu primeiro álbum em 2010. "Outlaw Country" traz doze músicas autorais e uma faixa bônus, 'Carcaça de outro alguém', cover do Zumbis do Espaço, que foi gravado ao vivo com o apoio do coral dos recuperandos da APAC, presídio localizado na cidade de Santa Luzia. No disco, o The Folsoms aplica suas maiores influências, que passam pelo country setentista de Waylon Jennigs, Willie Nelson e Kris Kristofferson, chegando a nomes mais novos, a exemplo de Dale Watson e Bob Wayne. Entre as faixas de destaque estão 'I'm So Tired', que abre o disco com um bela melodia, a levada rock de 'White Queen', a romântica 'Nobody's Sweet Like My Baby' e a animada 'The Bourbon King'.



Ultimamente a banda não tem feito muitos shows, mas em compensação estão preparando um novo trabalho que será intitulado "No Trecho" e ainda não tem data prevista para o lançamento. A banda promete um disco com mais letras em português e a mesma pegada de Outlaw Country. É esperar pra ver! Enquanto isso não acontece, disponibilizamos o primeiro álbum para download. Baixe e compartilhe o conteúdo!

Download
The Folsoms - Outlaw Country (2010) - Mediafire / TurtleShare / 4Shared

Siga o The Folsoms em seus canais oficiais:

Site oficial
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Do It Yourself - Entrevista: Dillema


O Do It Yourself dessa semana vem em edição especial e traz uma entrevista com a banda de hardcore Dillema! Na ativa desde 2006, os pernambucanos nos contaram sobre suas influências, o HC no Nordeste, processo de gravação do novo disco, entre outras coisas. Confira abaixo o que conversamos com os caras e conheça o som!


Pra começar, apresente a banda pra quem ainda não conhece.
A gente é uma banda de hardcore de Pernambuco que existe desde 2006. Mais especificamente, moramos mais da metade da banda na mesma rua, em Olinda, Região Metropolitana de Recife. Somos eu (Pablo) no vocal, Rhayann e Luan (irmãos), no baixo e bateria, respectivamente, Diogo e Mota nas guitarras.

Que bandas influenciaram o início do Dillema? O que vocês tem escutado ultimamente?
Já escutamos bastante Dead Fish, Reffer, Satanic Surfers, Nofx, Lagwagon e muitas outras coisas. De uns tempos pra cá, a gente escuta tudo isso e mais um monte de bandas nacionais como Bullet Bane, Rancore, Pense, Rótulo, Aliados 13, e gringas como Belvedere, This is a Standoff e Comeback Kid.

As músicas de vocês possuem letras com críticas às injustiças sociais e ao estado de indiferença das pessoas. Vocês acham que a música tem algum papel importante para mudar essa realidade?
Sem dúvida. Esse som faz a gente fazer amizades e refletir enquanto tamo junto, num show, por exemplo. Mas só a amizade que é feita, mesmo fora dos shows, faz com que uma galera se junte com o mesmo tipo de pensamento. O hardcore pode ser tanto o atrativo pra unir a rapaziada quanto o combustível pra fazer as ondas acontecerem. O problema é que muita gente não tem tempo pra fazer nada que não seja unicamente em prol de melhorar a própria vida. A galera do hardcore é um pouco diferente disso. Mas, infelizmente, só um pouco. Muito pouco, ainda.



Como é o processo de composição? Vocês se reunem ou cada um apresenta uma ideia e a banda desenvolve em conjunto?
Geralmente alguém faz alguma coisa em casa, tipo uma base, um vocal e já manda a real das bateras e da estrutura da música quando a gente se reúne no Mamae’s House, que é o home studio dos irmãos, onde a gente gravou o disco. Daí, a gente entra no estúdio com o objetivo de lapidar tudo isso durante um tempo.

Como foi a recepção do público para o "Expresso Barbárie"?
A gente ficou bastante feliz, porque realmente não esperávamos que tanta gente que curte hardcore, de vários lugares desse país enorme, fosse se comunicar com a gente pela internet, pra trocar uma ideia e pra falar o quanto curtiu o disco. Realmente, foi impressionante. Terminou que, com isso, fomos chamados pra tocar em quase todas as capitais do Nordeste e em alguns lugares do Sudeste e do Sul. Até agora só tivemos a oportunidade financeira de fazermos algumas capitais do Nordeste. Quem sabe o resto não aconteça após o próximo disco?

E a gravação do próximo disco? O que podemos esperar do "Resistência"?
Estamos muito empolgados com o que está vindo por aí. A banda passou por uma mudança de guitarristas desde o último disco e os caras estão vindo com umas ideias que estão deixando a gente de queixo caído. No último disco a gente tinha feito uma parada de juntar e reformar músicas que fazíamos desde 2006. Dessa forma é inevitável que apareçam algumas coisas desconexas com a atual vibe da banda. Mas agora não, a gente tá fazendo o disco num take só, digamos assim. Tamo muito empolgados. Acredito que realmente pode-se esperar um disco bem melhor de se ouvir do que o "Expresso Barbárie".

Algum integrante participa de outra banda?
Sim. O baterista Luan tira um grana tocando numa orquestra e o guitarrista Diogo tem mais duas bandas de projetos autorais chamadas Noite de Maio e Noite em Moscou. Eu tinha uma banda, chamada Xerk’s, que só gravou uma música mas que já era conhecida por várias pessoas aqui em Recife. Por motivos de força maior, a banda deixou de existir, mas quem quiser conferir, tem uma música nossa no Purevolume, não deve ser difícil de achar no google.



Pernambuco se destaca por seus ritmos e festas tradicionais. Qual a relação de vocês com esses gêneros?
A relação com o som da banda, quase nenhuma, apesar de que, vez ou outra, me passam pela cabeça umas quebradas com 2 ou 3 segundos de duração que lembram, teoricamente, quebradas rítmicas de sons como frevo ou maracatu. Mas respondendo de forma mais direta, acho que todo mundo da banda curte bastante esses dois ritmos (frevo e maracatu) e a festa mais tradicional e mais impressionante que vi na minha vida, que é o carnaval daqui. Não perco por nada.

O que vocês tem visto de interessante no hardcore do Nordeste? Alguma banda se destaca, festivais, a galera está se unindo para correr atrás de divulgação?
A galera está se unindo pouco. Interessante é Fortaleza, que rola muita coisa, mas ainda com pouca união. Recife tá devagar. Quem se destaca é Rótulo de Aracaju, Piron Heron de Fortaleza, Not My Problem de Maceió, White My Self e Born To Freedom de Natal e outras. Essas bandas são muito boas, escuto sempre.



Como está a agenda de shows do Dillema? Vocês tem tocado bastante ou estão focados na produção do segundo álbum?
Realmente tamo focando na produção do álbum. Tem aparecido convites para eventos cheios de coisas que nos desagradam aqui em Recife, furadas mesmo. Coisas que vão desde um som horrível a um organizador querendo lucrar e lucrar. Então, quando aparece uma tocada fora do estado, dependendo do esquema financeiro de passagens, a gente vai tocar feliz da vida e tem sido muito bom. Recentemente rolou um show da gente em Fortaleza que foi realmente emocionante, foi cacete! Mas a gente é cheio de trabalho e estudo, não dá pra organizar uma agenda de shows e fazer o disco ao mesmo tempo não. Mas já estamos negociando vários shows em outros estados para quando sair o "Resistência". Será um prazer se aparecerem mais, desde já, pra incrementar nossa agenda.

Valeu pela entrevista. Fica o espaço pra divulgação dos contatos da banda, agenda de shows, etc. Parabéns pelo som, abraços!
Pô, a gente agradece muito pelo espaço. Queremos divulgar mesmo a parada e quem quiser sacar a banda e falar com a gente, ficam os contatos: Tem o nosso Facebook, tem o Oi Novo Som, tem o Trama Virtual e tem o MySpace. Qualquer coisa, pode falar com a gente através do meu e-mail pabloodecastro@gmail.com. Um abraço, galera. Hardcore!

Lembramos que o primeiro cd dos caras está disponível no Trama Virtual! Pode baixar que é de graça! Compartilhe o som!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Do It Yourself - Rock Rocket

Comemorando 10 anos em 2012, essa banda segue na estrada para tornar o Rock'n'Roll cada vez mais alcóolatra e inconsequente! Hoje o som é com os doidões do Rock Rocket!


O Rock Rocket iniciou as atividades de forma despretensiosa quando três amigos se juntaram para tocar o bom e velho Rock'n'Roll, mesclando influências do punk rock e da surf music. Inicialmente a banda foi formada por Noel Rouco (vocal e guitarra), Alan Feres (bateria e vocal) e Pesky (baixo), que conquistaram espaço na mídia e reconhecimento do público com letras que falam sobre álcool, sexo, o próprio rock e amor, afinal, como eles mesmos disseram em um de seus maiores sucessos, "Roqueiros também amam".



O primeiro registro do Rock Rocket foi um EP que saiu em 2004. Entre as músicas desse EP está o maior hit da banda, 'Por um Rock'n'Roll mais alcóolatra e inconsequente', que já tinha clipe lançado e bastante executado na MTV. As outras faixas são 'Cerveja Barata', 'Filho do Rock'n'Roll' e Lili. Um ano mais tarde veio o primeiro full album pelo selo 13 Records, contando com as músicas lançadas anteriormente e outros temas, como 'Puro Amor em Alto Mar', 'O Babaca e a Meretriz', 'Noite de Rock'n'Roll' e 'Roqueiros Também Amam'.



Ainda em 2005, a banda figurou na coletânea do festival DEMOSUL juntamente com Autoramas, Daniel Belleza e os Corações em Fúria, dentre outros. Nos dois anos seguintes os caras também apareceram em outras compilações e tiveram seu disco de estreia relançado pela Trama Virtual. O segundo álbum, "Rock Rocket" (2008), surgiu em parceria com a Thurbo Music e trouxe 14 faixas que seguiam a mesma fórmula que fez com que o grupo fosse reconhecido: rock cru, cerveja e mulher. Destaque para as músicas 'Os Legais', 'O que Você Quer Aqui?', 'Vira Lata Vigarista' e 'Eu Queria Me Casar', que contou com a participação do vocalista Jimmy, do Matanza. O videoclipe feito para 'Doidão' acabou virando um curtametragem e participou de vários festivais do gênero, ganhando o prêmio de melhor efeito especial na Mostra de Curta Fantástico.



No final de 2009, o grupo teve uma mudança importante no lineup com a saída de Pesky e a entrada de Jun Santos no baixo. Já com a nova formação, em 2010, o Rock Rocket gravou um EP que foi lançado em vinil 7" e continha as faixas 'Rocket Jane', 'Pérola da Noite' e 'Malori Beach'. Uma ano mais tarde, outro lançamento em vinil 7 polegadas. Conta com uma versão para a música 'A Dança do Exciter' de Plato Divorak no lado A e duas inéditas, Jovem, Barulhento e Arrogante e Cristina #3, no lado B.



O terceiro álbum do Rock Rocket está prestes a ser lançado e os caras já divulgaram o primeiro single, 'Maria Eugênia', que teve participação de Guizado no trompete, de Maurício Pereira (Os Mulheres Negras) no Sax Tenor e de Rafael Crespo (Planet Hemp/Aspen/Polara), e vai abrir o novo trabalho que ainda não teve o nome divulgado. Outro som apresentado é 'Shark Attack', um surf music instrumental que também fez parte da trilha sonora do longa metragem Pólvora Negra. Em entrevista, a banda define o disco como 'bem diferente' dos anteriores: "Nossa proposta foi sair um pouco daquele som "massudo comprimido anos 2000" e explorar outras texturas, ambiencias e salas. Até porque a maioria das nossas influências vem dos 60's e 70's. (...) Tentamos botar um pouco de cada estilo que gostamos: punk 77, garage 60′s, surf music e soul."





Na próxima quinta-feira (13), o Rock Rocket se apresenta em Belo Horizonte, no bar A Obra. Seguem as informações:

ROCK ROCKET e BLACK O'HANNAS - Discotecagem: Capitão Insano
Horário: 22:00h
Entrada: R$ 15,00
Local: A Obra - Rua Rio Grande do Norte, 1168 - Savassi

Siga o Rock Rocket e baixe todos os álbuns em seus canais oficiais:

Site oficial
Rock Rocket no Soundcloud
Rock Rocket no Facebook
Rock Rocket no YouTube
Rock Rocket no Trama Virtual

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Do It Yourself - Devotos

Depois de duas semanas, retomamos nosso espaço dedicado à música independente e voltamos com uma banda clássica do punk rock e hardcore nacional, que há mais de duas décadas vem fazendo muito barulho. Segue o som dos pernambucanos do Devotos!


Inicialmente chamada Devotos do Ódio, a banda foi formada em 1988 no bairro Alto José do Pinho, região pobre de Recife. Na mesma época em que apareciam bandas como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S/A surgia esse que se tornou um dos grupos mais importantes do hardcore de Pernambuco, e até mesmo nacional. Os integrantes, Canibal (vocal), Neilton (guitarra) e Celo Brown (bateria), que não tinham dinheiro para comprar instrumentos, optaram por improvisar criando instrumentos de sucata e aprendendo a tocar sozinhos.



Seguindo uma linha diferente do que começava a borbulhar pela cidade através do “movimento” manguebit, o Devotos do Ódio se voltou para o som rápido e violento do hardcore (como faria o Sheik Tosado alguns anos depois). Inspirados por bandas como Ramones e Sex Pistols, além da crescente cena punk rock de São Paulo, o grupo despejava sua revolta em letras que denunciavam as dificuldades enfrentadas pela população mais pobre do Recife.



No início dos anos 90, a banda começou a conquistar seu espaço em festivais, vencendo o Recife Rock Show em 1993. A vitória no festival possibilitou a assinatura do contrato com a gravadora BMG (atual Sony) e o lançamento do cd de estreia, Agora tá valendo (1997). Esse álbum já trazia a música que se tornaria a mais conhecida da banda: Punk Rock Hardcore Alto José do Pinho.



O segundo disco da banda foi o último realizado através de gravadora. E também foi nesse período que a banda passou a se chamar apenas Devotos. O disco homônimo saiu em 2000 pelo selo Rockit, do Dado Villa-Lobos (Legião Urbana). Nesse disco, os caras contaram com a participação de Herbert Viana, na versão que fizeram para a música ‘Selvagem’, dos Paralamas do Sucesso. Três anos depois, foi lançado o álbum Hora da Batalha e, no ano seguinte, o EP digital Sobras da Batalha (2004), com faixas que não entraram no disco anterior. O registro de estúdio mais recente foi gravado em 2006: Flores com Espinhos para o Rei.



Em comemoração aos seus 20 anos, em 2008 o Devotos realizou um show em Recife, no bairro onde a banda nasceu. A apresentação foi registrada no CD /DVD Devotos 20 Anos - Ao Vivo (2009) e contou com as participações especiais de Clemente (Inocentes e Plebe Rude), Zé Brown (Faces do Subúrbio), Adilson Ronrona (Matalanamão) e Lirinha (Cordel do Fogo Encantado). Ainda em comemoração às duas décadas, o jornalista musical Hugo Montarroyos lançou o livro "Devotos: 20 Anos", que além de falar sobre a história da banda, conta como nasceram outros importantes grupos no bairro Alto José do Pinho, como o Faces do Subúrbio.



Abaixo disponibilizamos os links para download da discografia de estúdio do Devotos. Baixe os discos ou se preferir descolar o material físico, clique aqui.

Agora Tá Valendo (1997)
Devotos (2000)
Hora da Batalha (2003)
Sobras da Batalha - EP (2004)
Flores com Espinhos para o Rei (2006)
Devotos 20 Anos - Ao Vivo (2009)


O site oficial da banda está fora do ar. Acesse o MySpace/Devotos e conheça mais sobre a banda! Veja os vídeos no canal oficial do YouTube e acompanhe também pelo Facebook! Aproveite e compartilhe a ideia e o conteúdo do Devotos!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Do It Yourself - Entrevista: COLT 45

Terça-feira é dia de música independente no MUNC CREW e hoje vamos trocar uma ideia com uma das bandas de maior destaque do underground mineiro atual: COLT 45! Na entrevista, o vocalista Marcelo Santana nos fala sobre as influências da banda, shows, a cena atual do Metal mineiro, projetos e várias outras coisas bacanas. Check!



Marcelo, pra começar apresente o Colt 45 pra quem ainda não conhece.

E ae galera do MUNC CREW, grande abraço a todos e muito obrigado pelo espaço. O Colt é uma banda de Metal daqui mesmo de Belo Horizonte, nascida em Agosto de 2006. Na época tínhamos uma proposta de compor músicas mesclando Metal Tradicional e Hard Core NY, que era o som que tínhamos mais envolvimento na época, porém, as coisas evoluíram, os gostos e atitudes mudaram e hoje em dia acreditamos fazer um som bem mais pesado e além de tudo bem mais maduro do que antes, tendo o Death Metal como principal influência, mas não se prendendo totalmente ao estilo. Dentro desses 6 anos tivemos algumas mudanças na formação e atualmente os integrantes: Marcelo Santana (Vocal), Luis Augusto (Guitarra), Rafão Reis (Baixo), Caio Ribeiro (Guitarra) e Vinícius Diniz (Bateria).

Quais são as bandas que influenciam e ajudam a definir o som do Colt 45?

São bandas tanto da velha escola do Metal Extremo quanto as de agora, como por exemplo: Cannibal Corpse, The Black Dahlia Murder, All Shall Perish, Behemoth, Job For A Cowboy, Meshuggah, Napalm Death, Pantera. Muita coisa, na verdade. Todos nós estamos sempre ouvindo coisas novas e velhas o tempo todo. Vamos tentar tirar o melhor das coisas.

Como rola o processo de composição das músicas?

Atualmente o primeiro passo para a composição parte das guitarras. Luis e/ou Caio trazem algum Riff ou até mesmo uma música quase completa e nisso juntamos com o Vinícius para começarmos a composição da bateria. Nisso eu tento acrescentar algumas ideias, o Rafão também tem grande parte no processo. Assim com a música já quase 100% estruturada eu venho com a linha de vocal e as letras.

Quais os temas principais que vocês abordam nas letras?

As letras abordam vários assuntos, como incitação a violência em vários aspectos e de várias formas de ódio ou repulsa a um determinado assunto, como política ou defeitos que nós humanos temos, como mentiras, inveja e outras coisas nojentas que só nós somos capazes. Outro ponto que abordamos atualmente está relacionado a religião e as coisas ruins que ela traz pro nosso mundo. Como manipulação das mentes das pessoas, a questão do fanatismo criado a favor dela, onde as pessoas deixam de viver a única vida que têm para ficarem em função de algo que elas nem sequer sabem que se realmente existe e acabam perdendo suas vidas, dinheiro, tempo... Tudo! A vida é uma só e aproveite da forma que quiser, sem dever e/ou temer ninguém.



Você tem bom alcance vocal, variando entre os guturais graves e os berros rasgados. Rola alguma preparação pra isso ou é no peito e na raça mesmo?

Cara, antigamente era tudo no peito e na raça mesmo. Até então, nos primeiros 3 anos da banda o vocal que eu tinha me atendia e atendia também ao som da banda. Porém, as coisas mudaram e eu tive que me adaptar, tive que mudar, ou então, eu não conseguiria fazer parte da evolução dos caras. Hoje em dia tem sim um preparo, um estudo referente aos vocais graves e também com os agudos. Todo esse preparo e estudo que tive, e pretendo retomar o mais breve possível, eu devo ao grande amigo e professor João Vitor, que atende pelo apelido de "Zamfir". Foi por causa dele que eu mudei meu estilo de cantar, aprendi MUITA coisa em muito pouco tempo, mas ainda estou bem no início. Tenho muita coisa pra aprender. Quem tiver o interesse entre em contato conosco que passo o contato do Zamfir. O cara é Mestre.

No início do ano, a banda passou por um período conturbado após o falecimento do baixista Muzzy. Como foi voltar às atividades depois dessa fatalidade?

Pois é, fomos todos pegos de surpresa. Foi uma coisa nova pra nós. A maioria de nós, não tínhamos perdido um amigo tão próximo assim. O sentimento foi e é de muita tristeza. Foi foda. Ainda mais por algo que foi totalmente inesperado.

A volta às atividades foi dolorosa, porém, tínhamos que fazer. Ele com certeza amava fazer parte dessa banda. Investia tempo, dinheiro, estresse, amor na parada. Nós o conhecíamos muito bem e parar era a última coisa no mundo que queria que fizéssemos. Com certeza ele daria e dá a maior força pra continuarmos. Fizemos isso por ele e por nós mesmos. Uma espécie de lição de vida, ou sei lá, uma nova experiência para amadurecermos. Então, posso dizer que não foi algo negativo, muito pelo contrário. Foi extremamente motivador, positivo e importante, tanto pra nós como banda, como amigos e familiares. O cara merece e modéstia a parte nós também. Não estamos aqui atoa.



Sabemos que a banda está se preparando para gravar o primeiro videoclipe. Como está sendo esse projeto? Existe alguma previsão para o lançamento?

Sim, estamos mesmo. É um sonho meu desde adolescente fazer um projeto desses e um sonho da banda. Sem falar que achamos extremamente necessário para o nosso currículo também. O projeto no momento está em "pausa". Éramos pra ter sido concretizado ainda em Junho desse ano, porém, por infelicidade nossa, na data marcada, fomos avisados que não poderíamos utilizar o espaço que pretendemos e agora remarcar está um pouco complicado, por questões profissionais do local e também do nosso amigo Gustavo Black que está bem atarefado com suas coisas pessoais profissionais. Mas temos esperança de gravar o clipe ainda em 2012. Vamos aguardar e torcer.

Além da gravação do clipe, quais outros projetos vocês tem em mente?

Bom, temos em mente o lançamento do nosso EP "The Uprise Of Rotten", que por problemas técnicos de última hora não conseguimos lançá-lo até agora e estamos finalizando e consertando alguns detalhes que são imprescindíveis para que fique extremamente da maneira que a gente precisa que fique. Já era pra estar no ouvido da galera já a alguns meses, mas por algumas infelicidades, não foi possível. Sem falar também no projeto de novos Merchandisings da banda. Temos coisas legais pra lançar. Acredito muito que a galera irá curtir, principalmente a nova camisa da banda, que tem muita procura, mesmo sem anunciarmos praticamente nada. A arte da camisa nova ficou MUITO legal e queremos confeccioná-las e botar na mesa pra galera o mais breve também. Aguardem!

Além do Colt 45, você faz parte de outras bandas. Fale dos projetos paralelos dos outros integrantes.

Isso mesmo. Atualmente eu faço parte junto com o Rafão de outra banda que chama Abate. Além da Abate faço parte da Inviolence junto com o Caio e o Vinicius. O Caio também é integrado ao Dilúvio e o Vinicius é também integrante da Burn The Sun. O Luis tem uma banda, porém já fora do Metal. A banda dele é a Stereotone. Uma banda com um som experimental que mistura Samba Rock, MPB, Jazz. A banda é muito boa. Aliás, todas as bandas são muito boas. O pessoal deve procurar e correr atrás. Tem muito material legal.

O Colt 45 está sempre com a agenda de shows bem movimentada e já chegou até a se apresentar com o Brujeria no Music Hall. Quais os outros shows foram marcantes na carreira da banda?

Nossa, já tivemos muitos shows marcantes. Esse ano, além do show com o Brujeria, dividimos palco também com o Drowned e Facínora, no lançamento do último CD do Drowned, o "Beliggerent". Era um show que esperávamos já desde o ano passado. Fizemos um ótimo show junto com os parceiros do Expurgo, em uma das edições do "Stone Metal Fest". Além deles, rolou Necrobiotic, banda foda de Divinópolis. Um outro evento que rola de ressaltar também foi uma das edições do "BH Metal Fest", que além de nós também teve Tormento e mais um tanto de banda foda. O evento lotou e a galera bateu cabeça até rachar o pescoço. Enfim, já rolou muita coisa boa esse ano e ano passado. Ficaria uma lista imensa aqui falar de todos eles. E esse ano ainda já temos algumas datas importantíssimas agendadas. Uma delas será o show de aniversário do Hammurabi, no dia 26 de agosto no Matriz. Os caras estão completando 6 anos de estrada e por coincidência, a data do show é a data que nós do Colt 45 também comemoramos 6 anos. Os caras chamaram muita banda foda e uma delas é o "Hellcome". Banda que tem marcado presença aqui em Belo Horizonte já há muito tempo. Acho sempre ducaralho dividir palco com eles. E no cast ainda tem o Nerco Chaos. Banda de São Paulo que estão com um destaque sensacional. Quem for nesse evento e quer presenciar coisa extrema e boa, vai ser o ideal.



E o show que vocês fizeram com a galera bizarra do UDR? O público foi muito diferente do que vocês estão acostumados?

Esse show deu o que falar. Nós mesmos não sabíamos o que esperar e o que aconteceria nesse show. Muita gente reprovou por fazermos parte desse evento, pelo estilo que o UDR faz parte, mas ao mesmo tempo teve muita gente que aprovou a parada. Nós fomos e entramos de cabeça na parada. Queríamos mesmo fazer parte daquilo e não nos arrependemos. Foi foda pra caralho. Shows diferentes e atípicos são ótimos pra sair da rotina, alcançar outros públicos. E foi o que aconteceu. Na noite em que rolou o evento, 99% da galera que foi, era galera que curte Metal em todas suas vertentes. Então, vimos logo no início que estávamos em casa. E a galera correspondeu muito com a gente. Tinha muita gente na frente batendo cabeça, outros arregaçando no mosh. Sem falar que recebemos vários elogios logo após o show e o mais legal eram pessoas falando que nunca tinham ouvido a banda, que gostaram muito e que vão acompanhar e apoiar. Valeu demais esse corre "bizarro". O show do UDR foi foda. A galera pirou no show deles e no final tava todo mundo se divertindo. É o mais importante. Ah, e sem falar que esse show já estávamos planejando desde o ano passado. Era uma ideia que o Muzzy teve e que ele queria por em prática. Achamos bizarro, mas topamos. Após o ocorrido, nos sentimos ainda mais com a obrigação de concretizarmos esse show, por nós e também por ele. Ele que deu o primeiro passo. Ainda bem que o UDR topou fazer a parada e outras pessoas também se envolveram e conseguimos concretizar o corre. Foi bizarro e especial. Um dos shows mais divertidos do ano.



Marcelão, valeu pela entrevista! Fica o espaço pra divulgar os contatos da banda, agenda de shows, etc. Parabéns pelo som, abraços!

Eu que agradeço a oportunidade e muito obrigado novamente pelo espaço cedido. Quem ainda não conhece o som do Colt 45 é só acessar nosso Myspace ou então acompanhar as notícias e novidades da banda pela nossa fanpage no Facebook. É só mandar um "Curtir" lá e acompanhar. Mais do que isso, compareçam aos shows, ajudem a movimentar a cena local em qualquer lugar que vocês façam parte. Belo Horizonte é a capital do Metal e não é atoa. Tem muita gente suando a camisa para as coisas aqui rolarem. Todos nós precisamos disso. Valeu MUNC CREW!

Marcelo Santana e COLT .45

sábado, 11 de agosto de 2012

The Baggios


Para esse sábado, preparamos uma postagem especial sobre uma banda que fará uma grande tour nacional e passará por Minas Gerais durante a próxima semana. O som hoje fica por conta dos sergipanos do The Baggios


A banda, que na verdade é uma dupla, foi formada no ano de 2004 em São Cristóvão, cidade próxima à capital Aracaju. A história do The Baggios começou quando os amigos de infância Lucas Goo (bateria) e Júlio Andrade (guitarra e vocal) se juntaram para tocar. Essa formação durou até 2006, quando Lucas precisou deixar a dupla. Em seu lugar, entrou o baterista Elvis Boamorte, substituído em 2008 por Gabriel Carvalho.



O som da banda é um blues rock que, por vezes, lembra Raul Seixas, talvez pelo sotaque acentuado do vocalista. O nome The Baggios é uma homenagem a um andarilho que vivia na cidade e era bastante conhecido pela população. O disco de estreia foi lançado em 2011. O Azar me Consome saiu pela gravadora Vigilante, divisão da Deckdisc dedicada a bandas que estão em início de carreira. Em 2012 lançaram o EP do projeto Acústico Aperipê.



Durante os meses de agosto e setembro, o The Baggios fará uma tour de 20 dias, com 27 apresentações passando por 3 regiões brasileiras. O primeiro show da turnê será em Belo Horizonte, na próxima segunda-feira. Confira as informações do evento:

Cedo e Sentado Fora do Eixo - The Baggios e The Hell's Kitchen Project
Data: 13 de agosto
Horário: 20h
Local: Casa de Shows Granfinos - Av. Brasil, 326 - Santa Efigênia
Entrada gratuita.



Para conhecer mais sobre a banda e fazer download do álbuns, acessem o site oficial:
TheBaggios.com.br
The Baggios - Facebook

terça-feira, 31 de julho de 2012

Do It Yourself - FISTT

Para o Do It Yourself dessa semana, preparamos uma postagem especial sobre uma banda que dará as caras em BH no próximo domingo. Conheçam o hardcore do interioRRR do FISTT!


Completando 18 anos e chegando à maioridade em 2012, a banda foi formada em meados de 1994, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Depois de diversas alterações no lineup, os integrantes atuais são F. Nick (vocal e baixo), Ricardo DRvz (guitarra e vocal), Dulino (guitarra) e Birão (bateria).


A ideia inicial da banda veio com F.Nick e dois vizinhos, que compartilhavam um gosto musical parecido e, inspirados pelo Ramones formaram os Darivas. Apresentaram-se em um evento escolar ainda em 94 e o resultado foi péssimo. No ano seguinte, após um pequeno hiato, a banda retoma as atividades sob o nome de Fisttcuffs, retirado da música "Fisttcuffs in Frederick Street", dos ingleses do Toy Dolls. Pouco tempo depois, o nome foi reduzido para FISTT.



As primeiras gravações "oficiais" foram lançadas em 95: uma fita demo com as músicas "Spok", "Não" e "Queria te Dizer". No final de 96, saiu a demo Çomzera, com cópias numeradas. Além das três faixas da primeira demo, a Çomzera trazia "Bubble Girl" e "Third One". Enfrentando algumas dificuldades para distribuir o próprio material, em 1998 o vocalista F. Nick fundou a Oba! Records. No mesmo ano, foram convidados para abrir os shows de Skuba e Skamoondongos, tocando para aproximadamente 20 mil pessoas. A banda aproveitou a ocasião para distribuir a nova demo Paraotempo, que se esgotou rapidamente e foi uma das demo tapes mais elogiadas da época.



No final de 99, os integrantes decidem lançar um full album com as músicas das duas demos anteriores. Pamim, panois, poceis teve tiragem de apenas 500 cópias e nunca foi relançado pela gravadora. O ano de 2001 foi marcante para a banda com o lançamento do disco Finais Iguais, Histórias Diferentes. Depois disso, os convites para festivais aumentaram bastante e a agenda de shows começou a crescer. São também desse período os dois primeiros vídeoclipes: "Vinteum" e "Minduim".



O terceiro disco veio como resultado de um amadurecimento natural dos integrantes, com letras e melodias mais bem trabalhadas. O tom mais emotivo/sentimental do álbum é claramente diferente das primeiras composições da banda, que prezavam pelas letras simples e com toques de humor. Vendo as Coisas como Você recebeu retorno positivo da crítica e colocou o FISTT de vez como destaque no cenário underground nacional.



Em 2005, F. Nick anunciou sua saída da banda, que acabou por encerrar as atividades. O hiato durou pouco menos de um ano e o retorno foi marcado pela gravação do cd ao vivo no bar Black Jack, em São Paulo. A casa teve lotação máxima no dia do show e o disco, lançado em 2006, se tornou um dos mais elogiados do ano.



Depois de 4 anos sem registros inéditos, em 2008 saiu o conceitual Como fazer Inimigos.... O disco é dividido em partes e todas as canções fazem referências entre si. O álbum foi lançado virtualmente e em 2011 veio a versão física pela Blast Stage Records, gravadora filiada à Sony. O lançamento mais recente é de julho de 2012: um EP com 5 faixas chamado Hasta La Vista, Júnior. (O MUNC CREW resenhou o disco e você pode ler a postagem aqui.)



E lembrando que no dia 05 de agosto tem show de lançamento do Hasta La Vista, Junior! aqui em Belo Horizonte. Fique ligado nas informações:

Serviço:
FISTT (Jundiaí - SP) - Hasta La Vista, Junior!
Dia 5 de agosto - Domingo - 14h
Shows de abertura com ARC-OVER, ATITUDE CONTRA (SP), MONTESE, CORDOBA, ALL-REVERSO e RETOMA.
Matriz Casa Cultural - Rua Guajajaras, 1353 - Centro - 3212-6122
Ingressos: $12 (antecipados) e $16 (na porta)

Veja os links oficiais do evento: FISTT EM BELO HORIZONTE ou FISTT @ Matriz - Belo Horizonte, Brasil.

Para saber mais sobre a banda, acessem o site oficial e as redes sociais:
FISTT.com.br
MySpace.com/FISTT
facebook.com/FISTT
twitter.com/FISTT


Todos os discos estão disponíveis para download no perfil da banda no Trama Virtual:
FISTT - Trama Virtual

terça-feira, 17 de julho de 2012

Do It Yourself - Sheik Tosado


O Do It Yourself dessa semana traz um som de Pernambuco. Fiquem com o hardcore-frevo-maracatu do Sheik Tosado!


Formado em 1997, o Sheik Tosado foi um dos expoentes do estilo/movimento conhecido como "manguebit", do qual também faziam parte Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S.A.. O lineup da banda contava com os irmãos China (vocal) e Bruno Ximaru (guitarra), Chicão (baixo), Gustavo Da Lua (percussão), Oroska (percussão) e Hugo Carranca (bateria), todos moradores do mesmo bairro em Olinda.



O grupo apresentava forte influência de gêneros regionais unidos ao estilo rápido e agressivo do punk rock e hardcore. Uma das principais características da banda é a percussão compassada típica de ritmos como frevo e maracatu. As referências à cultura popular podem ser percebidas claramente em músicas como "Hardcore Brasileiro" e "Repente Envenenado".



A popularidade veio após o show realizado no tradicional Abril Pro Rock, em 1998. Depois dessa apresentação, a banda assinou contrato com a Trama, gravadora responsável pelo lançamento de seu único disco, em 1999: Som de Caráter Urbano e de Salão. Em 2001, se apresentaram no palco principal do Rock in Rio, mas pouco tempo depois a banda se separou.






Faça download do álbum e conheça mais sobre a banda:

Som de Caráter Urbano e de Salão (1999)

Sheik Tosado - Página oficial na Trama

terça-feira, 3 de julho de 2012

Do It Yourself - Severa

Hoje na nossa seção de música independente, o som de uma das bandas mais representativas do hardcore mineiro: Severa!


Formada em 2007, na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, Severa está completando 5 anos de estrada e é uma das bandas que mais destaca no cenário underground mineiro. Os caras surgiram com a proposta de fazer um som agressivo, unindo a energia característica do hardcore com os riffs pesados do metal. O lineup da banda é formado por Daniel (vocal), William (guitarra), Filipe (guitarra), Cidin (bateria) e Ítalo (baixo).


Seguindo um rumo diferente da maioria das bandas do gênero, o Severa divulga suas ideias cheias de positividade através de letras cantadas em português pelo vocalista Daniel Castelane, que acha que dessa forma a aceitação do público é ainda maior e tem em mente que "a maior gratificação pra uma banda é ver as pessoas cantando sua música, ideias suas, coisas que você escreveu, realmente não tem preço".



A primeira gravação do grupo foi lançada quando tinham apenas um ano de correria. As 5 músicas do EP foram muito bem recebidas e, ainda hoje, causam uma catarse e grande agitação entre os fãs quando são executadas nos shows. No ano de 2010 veio o segundo registro, lançado pelo selo/produtora de BH, 53HC: um split com a banda Ex-Machina (Belo Horizonte). Cada banda gravou 7 faixas, sendo que entre as músicas do Severa, algumas já tinham entrado no EP. No mesmo ano, o Severa divulgou seu primeiro vídeoclipe, 'Preto.Pálido.Morto' foi a música escolhida.



Nesses 5 anos de banda, os caras fizeram inúmeros shows em Belo Horizonte e cidades do interior de Minas, além de expandir as fronteiras para outros estados. Já se apresentaram com grandes nomes nacionais e internacionais, como P.O.D., D.R.I., Chakal, Garage Fuzz, Confronto, Questions, dentre outras. Em 2011 saiu o vídeo para a música 'Medo', em um clipe muito bem produzido por Thiago Akira.



E no próximo fim de semana, o Severa comemora os 5 anos com show especial na Casa Cultural Matriz. O evento ainda conta com o show de reunião da banda Crossfire e participação de Crucial Change, Nossa Fúria, Barrabás DC e Eye For An Eye. Confira as informações no vídeo promocional e acompanhe a banda nas redes sociais para saber mais informações!



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Entrevista com Daniel Castelane no blog Daily HC

terça-feira, 5 de junho de 2012

Do It Yourself - Little Quail and the Mad Birds

O Do It Yourself dessa semana traz uma banda que, sabe-se lá porque, não foi tão reconhecida como deveria. O rock de hoje fica por conta do Little Quail and The Mad Birds.



Formada em 1988, em Brasília, o Little Quail era formado por Gabriel Thomas (guitarra e voz), Bacalhau (bateria) e Zé Ovo (baixo e voz). Atualmente, Gabriel e Bacalhau são integrantes do Autoramas.



O som da banda pode ser definido com um rock dançante, com letras simples e às vezes sem sentido. O Little Quail apresenta referências de um rock mais puro, com baixos bem marcados e algumas coisas de blues, como em "Família que briga unida permanece unida".



Talvez por nunca ter tido pretensões comerciais que fossem além de tocar boas músicas juntos, o grupo acabou ficando restrito ao circuito alternativo apesar de ter algumas de suas músicas bastante conhecidas por um público considerável: "I saw you saying" e "Aquela", ambas regravadas pelos também brasilienses do Raimundos.



A discografia da banda é bem pequena e conta com 1 EP (1998) e 2 full albums: Lirou Quêiol en de Méd Bârds (1993) e A Primeira Vez que Você me Beijou (1996).



O Little Quail and The Mad Birds encerrou as atividades em 97 mas se reunem ocasionalmente para alguns shows. O último deles foi realizado no dia 27 de maio de 2012, em Brasília, no festival Drops Rolla Pedra, ao lado das bandas DFC, Galinha Preta, Quebra Queixo, Nomes Feios e DCV. Essa apresentação foi chamada de "Primeira Reunião Anual do Little Quail and the Mad Birds" e, ao que tudo indica, ano que vem tem mais!

Para finalizar o post, fiquem com uma versão do Little Quail para a música do Adoniran Barbosa:




Downloads dos discos:

Lirou Quêiol en de Méd Bârds (1993)
A Primeira Vez que Você me Beijou (1996)

Little Quail and the Mad Birds no MySpace

terça-feira, 29 de maio de 2012

Do It Yourself - Patife Band

Hoje o Do It Yourself foge um pouco da "independência" trazendo uma banda que chegou a ser contratada por uma grande gravadora, mas manteve intacta sua essência independente e experimental. Com vocês, a Patife Band.


Surgida em 1983 como Paulo Patife Band, o grupo fez parte do movimento Vanguarda Paulista, do qual também participaram Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé, irmão de Paulo Barnabé - vocalista da Patife Band. O pessoal da chamada Vanguarda Paulista foi responsável pela consolidação do "disco independente" no Brasil ainda nos anos 70, quando Arrigo Barnabé bancou a produção do seu LP de estreia Clara Crocodilo.

Voltando à Patife Band... A formação original contava com Paulo Barnabé (vocal), André Fonseca (guitarra e voz), James Müller (bateria) e Sydney Giovenazzi (baixo e vocal). O som deles é definido como "pós-punk", com influência de técnicas de composição erudita, punk rock, jazz e ritmos brasileiros. O resultado disso tudo é uma sonoridade própria e experimental que influenciou diversas bandas que se tornariam conhecidas depois, como os Titãs.



O primeiro registro da banda, o mini-LP homônimo Patife Band, foi lançado em 1985 pelo selo independente Lira Paulistana. Entra as faixas desse disco estão versões de "Tijolinho" - um clássico da Jovem Guarda do compositor Wagner Bennati - e da natalina "Noite Feliz".



O único full album de estúdio veio em 1987 pela gravadora WEA. O Corredor Polonês traz três faixas do EP, além de uma versão do "Poema em Linha Reta" do poeta português Fernando Pessoa e da música "Vida de Operário" da banda punk Excomungados, que também foi regravada pelos mineiros do Pato Fu.




Após o lançamento do Corredor Polonês, a banda saiu em turnê mas encerrou suas atividades logo depois. Em 2003, a Patife Band se reuniu com uma nova formação e gravou um álbum ao vivo em um show realizado em Londrina, no Festival Demo Sul.

A Patife Band já teve algumas de suas músicas regravadas por outros artistas. O Ratos de Porão fez uma versão de "Tô Tenso" e a cantora Cássia Eller regravou "Teu Bem". Embora a Patife Band tenha influenciado diversas bandas punks (e não só essas) que surgiram a partir dos anos 80, suas músicas ainda são pouco conhecidas e é por isso que o MUNC CREW apresenta o som deles para vocês. Baixem os discos e compartilhem o som!

Patife Band - EP (1985)
Patife Band - Corredor Polonês (1987)

Patife Band no MySpace

terça-feira, 22 de maio de 2012

Do It Yourself - Leptospirose


Comemorando o mês de maio e a festa do peão de Bragança Paulista (que começa amanhã!), o MUNC CREW traz pra vocês o som do Leptospirose.


Como você deve ter deduzido, o Leptospirose é de Bragança Paulista. A banda surgiu em 2001, quando os amigos de infância Quique Brown (guitarra e vocal), Serginho (bateria) e Velhote (baixo e vocal) decidiram que seria legal tocarem juntos. Eles passaram três dias em um sítio de onde sairam com 13 músicas prontas.


Músicas rápidas, barulhentas e curtas, que raramente chegam a 1:30, letras quase impossíveis de entender, gritaria e guitarras altas. Esse é o Leptospirose. Os nomes das músicas são outra característica marcante da banda... Ao contrário da duração, os nomes são bastante compridos, como a faixa de abertura do primeiro full album: "Um dia realmente feliz em nossas vidas será aquele em que receberemos uma notificação de nossa empresa nos convidando para ir a um hotel (com a gente pagando é claro)".

O Leptospirose gravou 2 demos em 2002 (Leptospirose e Canções Precárias a Outras Pegadas) e 3 full albums: Invernada (2005), Mula Poney (2009) e Aqua Mad Max(2011).

Se você não entendeu o início do post, ouça "Em maio todo mundo janta pipoca na minha cidade", do disco mais recente, e saiba do que se trata. (Sem contar que o clipe é lindo!)



Segundo Quique Brown, "a letra fala de uma festa de rodeio que acontece em Bragança Paulista e faz com que todas milhares de notas de dinheiro sumam por um mês, obrigando várias pessoas a jantar pipoca durante uma temporada."
(Esse trecho foi retirado de uma matéria especial do TramaVirtual sobre o Aqua Mad Max com comentários faixa a faixa.)

No início desse ano, o Leptospirose tocou no Grito Rock Atibaia e o show completo está disponível no YouTube.




Saiba mais sobre a banda no perfil do TramaVirtual e no MySpace.

Downloads dos discos:

Invernada (2005)
Mula Poney (2009)
Aqua Mad Max (2011)

terça-feira, 15 de maio de 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Do It Yourself: O Independente fazendo a diferença – Postura

Essa semana, o Do It Yourself traz uma galera mineira que há alguns dias lançou oficialmente seu primeiro EP: Resistir e sempre acreditar! Hoje o som fica por conta do hardcore da banda Postura.


Formada em Itabira, interior de Minas Gerais, a banda Postura faz um som com uma pegada enérgica, riffs marcantes e bateria bem compassada. Adeptos do cristianismo, a banda formada por Van Basten (vocal), Liniker (baixo), João Paulo (guitarra) e Felipe (bateria), prega bastante positividade em suas letras, traz uma sonoridade fortemente influenciada pelo Hardcore nova-iorquino e deve agradar a fãs de bandas como Murphy's Law e Sick of it All.

Trecho de um show realizado no festival Mosh or Die, em Itabira/MG


Trecho do show no Amigo Fest 2011, no Matriz - BH


Confira o release:
Surgimos no intuito de fazer um hardcore pesado mas que vá muito além da musicalidade. Passamos aquilo que acreditamos e vivemos através das nossas músicas, lutamos pela verdade e a justiça. Não abrimos mão do sangue que por nós e por vocês foi derramado. Seremos sempre gratos a todos que nos apoiam, e como retribuição estamos lançando esse EP com três músicas em que nos esforçamos ao máximo para que vocês ouvintes se sintam bem e positivos ao ouvi-las!


Chega de falar. Ouçam aqui o EP dos caras:



Baixem, compartilhem, mostrem para os amigos!


Banda Postura no Bandcamp
Banda Postura no MySpace

terça-feira, 1 de maio de 2012

Do It Yourself - Thee Butchers' Orchestra


O Do It Yourself dessa semana traz um trio que já encerrou suas atividades, mas se reuniu no início do ano para um show em SP. Estou falando da Thee Butchers' Orchestra!


Formada em 1996, a "orquestra dos açougueiros" contava com Marco Butcher e Adriano Butcher nos vocais e guitarras e Rodrigo Butcher na bateria. Entre as influências principais, estão o blues e o rock, nas suas mais variadas vertentes. A banda surgiu quando Iano, primeiro baterista dos Butchers e que tocava no Ultrasom, levou Adriano (também do Ultrasom) para uns ensaios e gravações no Estúdio Ordinário, do Marco. A primeira gravação da Thee Butcher's Orchestra saiu já desse primeiro ensaio: Out of the Jazz - Into the Streets, lançada em 1997.


Depois dessa primeira demo, foram lançadas outras duas, também pela Ordinary Records: Super Derby Recreation (1997) e Deluxe 2000 (1999). Diferente das primeiras gravações, que eram praticamente ensaios gravados, o Deluxe 2000 foi uma demo mais bem acabada, testando os recursos e possibilidades do estúdio. O primeiro álbum "oficial" veio em 2001, Golden Hits, gravado ao vivo no estúdio e em mono, trazendo os Butchers em um estado cru e direto. É rock 'n' roll em seu estado mais puro.



O terceiro disco foi o primeiro a não ser produzido pelos próprios integrantes. In Glorious Rock 'n' Roll saiu em 2002. Esse álbum é diferente do anterior, pois traz um som mais limpo e melodias mais bem trabalhadas. O fechamento do disco fica com Pussycat on Fire, com uma pegada blues para acalmar os ânimos.



O álbum seguinte foi o What About Now?, de 2004. Foi com esse disco que eu conheci a banda e comecei a pesquisar sobre a história, as outras músicas, etc. Confesso que até ano passado (quando ganhei o disco), não tinha ouvido falar nos Butchers'. Em 2005, eles lançaram o Stop Talking About Music, Let's Celebrate That Shit, despedida da banda que trazia de volta o som sujo das primeiras gravações. Esse disco foi lançado também na Suíça, pela gravadora Voodoo Rhythm.

Os Butchers' chegaram a lançar outras demos e um disco com Lados B. Depois do fim da banda, os integrantes se reuniam para algumas apresentações esporádicas. A última delas foi realizada em março desse ano, no SESC Belenzinho, em São Paulo, com Jonas Morbach na bateria.






Leia um pouco mais sobre a Thee Butchers' Orchestra e baixe os discos de estúdio:

Thee Butchers' Orchestra na Voodoo Rhythm (em inglês)

Deluxe 2000 (1999)
Golden Hits (2001)
In Glorious Rock 'n' Roll (2002)
What About Now? (2004)
Stop Talking About Music, Let's Celebrate That Shit (2005)
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