quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Skate de Quinta com qualidade de prima! The Berrics

Quinta-feira é dia de skate no MUNC CREW e hoje o post é sobre o The Berrics, a inside skatepark mais famosa do mundo, onde só os melhores e convidados tem o prazer de desfrutar da pista. Erick Koston e Steve Berra fundaram a pista em 2007. O theberrics.com é o site de skateboard mais acessado da web e tem novos quadros filmados todos os dias. Segue pra vocês um desabafo de Steve Berra sobre a indústria do skate.



Um artigo do jornal New York Times disse recentemente que o skateboard é uma indústria que gera cerca de US$ 5 bilhões de dólares ao ano. Este impressionante número traz duas perguntas a nossa mente: como se pode ter tanto dinheiro sendo derramado em algo que é totalmente ilegal onde quer que você vá? E pra onde está indo todo esse dinheiro? Duas coisas, com certeza não está no meu bolso e certamente não esta na construção de locais adequados, aonde skatistas podem realmente fazer a única coisa que continuam a manter vivo o skate. Que é andar de skate.


Então, por que ele continuou a prosperar? Bem, pela nossa própria natureza somos um grupo criativo, persistente e um tanto sem lei. Se nos é dito para não andar de skate, saímos fora e voltamos no meio da noite com luzes e geradores. Se um trilho foi amassado, a gente desamassa. Se uma borda tem sido feita à prova de skate, nós desafiamos e provamos que e possível andar. Se houver rachaduras no concreto, nós arrumamos. Se há alguma coisa no final de um corrimao que impede de ser perfeito , vamos la e cortamos para que fique perfeito. É o que temos que fazer.


Dois anos atrás, me deparei com algumas críticas muito pesadas por fazer picos de skate. Minha posição sempre foi essa: eu prefiro fazer picos que sejam perfeitos para andar do que não andar. Hoje em dia, não há uma única edição de uma revista ou um vídeo onde eu não vejo um pico que não foi produzido feito para se ter um pico perfeito. Por quê? Porque o skate é ilegal em todo lugar que você vá e para aqueles que gostariam de vê-lo permanecer vivo precisam fazer o que podem fazer para mantê-lo vivo. É a ordem natural da sobrevivência, é a evolução das coisas. Quando piscinas estavam se tornando cada vez mais difícil de se andar de skate, as rampas de vertical nasceram. Quando as rampas de vert não estavam disponíveis para cada garoto que andava, esses garotos levaram o skate para as ruas e eles fizeram isso porque e preferivel ter lugares para andar de skate do que não andar de skate. Isso se chama mudança.


As coisas mudam. Placas mudam, sapatos, manobras mudam, skatistas mudam. Mudança é a manifestação do tempo e o tempo nos mostrou que o skate está aqui enquanto nós, como indivíduos e como comunidade, criamos à nossa existência. Embora os US $ 5 bilhões por ano feitos neste setor, não sao suficiente e não são empregados para a construção de novos lugares aonde posamos andar em paz, muitos indivíduos, continuam a fazê-lo acontecer por si próprios com recursos proprios. Seja através da construção de bordas em um local remoto a leste do centro, como Jason Hernandez, construir mini-rampas em nossos quintais como Mikey Taylor, barrancos para o chão como Emmanuel Guzman, ou a compra de edifícios e construção de skateparks dentro deles, como Eric Koston e eu, continuamos a crescer, porque a nossa vontade de andar de skate e a nossa vontade de sobreviver é apenas tão forte quanto porque a única alternativa é parar de fumar ou morrer. Mas nós no Berrics acreditamos que a vida foi feita para se viver, não pra morrer por algo. Não há nada especial sobre a morte. Qualquer um pode fazer isso. – Steve berra



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