segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resenha - Cachorro Grande em BH

Na última quinta-feira (04), os gaúchos da Cachorro Grande desembarcaram na casa de shows Granfinos, em Belo Horizonte, para se apresentarem em um evento da cerveja que "desce redondo", que contou ainda com a presença da boa banda mineira Pequena Morte, além de DJ, grafite e intervenções teatrais pra lá de malucas. Aproveitei a noite agradável para tomar algumas brejas e curtir o rock 'n roll da gauchada, que contaremos como foi pra vocês.


Entrei na casa por volta das 23h30 e já havia um bom público curtindo o ska da Pequena Morte, banda que abusa das onomatopeias em suas canções (fator que faz com que minha namorada e colega de blog, Daniella Salles, ame o grupo de paixão. Só que não. Hehe). Faixas como 'Bom', 'Pouco a pouco' e 'Bararuê', que serviram pra aquecer a galera para o que estava por vir. Depois do primeiro show da noite e alguns sucessos do rock atual no set do DJ, a atração principal já estava pronta para agitar o Rock.

O Cachorro Grande subiu ao palco após uma curta introdução instrumental e começou com dois hits bastante conhecidos do público, 'Você não sabe o que perdeu' e 'Hey Amigo!', já demonstrando que não estavam ali pra brincadeira. 'Baixo Augusta', faixa que dá nome ao disco mais recente dos caras, veio na sequência acalmando os ânimos e prendendo a atenção dos presentes aos riffs do guitarrista Marcelo Gross, que seguiriam pelo resto da noite. Muito bem humorados como sempre, os integrantes interagiram bastante com a galera, principalmente o vocalista Beto Bruno que até "serrou" uma cerveja de alguém que estava na grade e voltou a soltar seus berros em músicas como 'Dance agora', 'Que loucura' e 'Conflitos Existenciais'.


Uma das coisas mais bacanas nos shows da Cachorro Grande é a participação dos outros integrantes nos vocais (exceto o tecladista Pedro Pelotas), outra influência dos Beatles, além da influência claríssima na sonoridade da banda. Marcelo Gross representa bem nas faixas 'O que você tem' e 'Dia perfeito', o baixista Rodolfo Krieger solta a voz na ótima 'Deixa fudê' e o baterista Gabriel Azambuja canta na balada 'Nada a ver'. Outro ponto positivo é que o show passa por canções de todos os discos: 'A alegria voltou' e 'A hora do Brasil' do álbum "Cinema" (2009); 'Você me faz continuar' e 'Roda Gigante', de "Todos os Tempos" (2007); 'Velha Amiga', 'Bom Brasileiro' e 'Sinceramente' do "Pista Livre" (2005). Aliás, essas duas últimas fizeram com que o público cantasse a plenos pulmões, conferindo momentos emocionantes para a apresentação.


Com o show encaminhando-se para o seu final, os fãs começaram a fazer seus pedidos por músicas antigas da banda e foram atendidos com a dupla final 'Lunático' e 'Sexperienced', faixas que abrem o primeiro e homônimo álbum da Cachorro Grande, gravado em 2001. Com o jogo ganho, os gaúchos voltaram para o bis com o clássico dos ingleses do The Who, 'My Generation', tocado de maneira mais acelerada pelos gaúchos. Ótimo show onde banda e público se divertiram em iguais proporções. E que reforça a minha teoria: se tem cerveja gelada no palco é sempre certeza de shows quentes e divertidos.




Veja mais fotos do show no flickr do fotógrafo Jocelito Camargo.
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