Com a carreira iniciada em 1994, Reinhard Kleist é um dos quadrinistas mais conceituados de seu país e desde a sua primeira publicação coleciona prêmios dentro e fora da Alemanha. Entre seus trabalhos de maior expressão estão as biografias musicais de Elvis Presley e Johnny Cash, o diário de bordo de sua viagem a Cuba e a biografia do ditador cubano, Fidel Castro.
Finalmente vamos ao que interessa para este post, o livro. "Johnny Cash - I See a Darkness" foi traduzido para oito idiomas e fez com que a carreira de Reinhard Kleist ganhasse projeção para outros cantos do mundo. Um dos rumos tomados pelo artista foi o Brasil, em outubro de 2009, o quadrinista veio a Belo Horizonte, como convidado do Festival Internacional de Quadrinhos.
Assim como no filme, o lendário show de Cash na prisão, em Folsom, foi o motor para o desenrolar da história, mas a perspectiva radiografada pelo quadrinista é totalmente diferente da abordada no cinema. Através de traços em preto e branco e falas fora dos tradicionais balões, Kleist mostra a vida do cantor desde a infância, quando Cash já demonstrava interesse pela música ao ouvir sua futura amada nas rádios, até suas últimas gravações, produzidas pelo renomado Rick Rubin.
Após assistir ao longa estrelado por Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon, o quadrinista percebeu que sua função seria diferente: tratar de episódios mais obscuros e enigmáticos, mostrados essencialmente na autobiografia de Cash (Cash: The Autobiography, sem versão em português ). Com ajuda das próprias canções do artista, Kleist aborda os episódios mais marcantes da trajetória daquele que transformou a música country - e contribuiu, também, para o que hoje se conhece por rock 'n' roll. "Aquela era a história que eu estive procurando por toda minha vida! Ela tem drama, romance, melancolia, violência, drogas... e um fim satisfatório", diz o autor.
Acesse o site oficial de Reinhard Kleist e conheça seus outros trabalhos.
reinhard-kleist.de
