No dia 26 de junho, o bando das Porcas Borboletas lançou o terceiro (e homônimo) disco, dando fim a ansiedade dos fãs, que já durava 4 anos.
A faixa de abertura, 'David Bowie', vem bradando um amor desencontrado, travestida em um rock com uma linha marcante de cordas.
'Todo mundo tá pensando em sexo' é auto explicativa, com direito a conselhos (ou seria um convite?) de Danislau e cia a respeito da atividade física mais prazerosa da vida humana e não humana.
Uma série de experiências frustradas marcam a existência do personagem cantado em 'Tudo que eu tentei falhou', aliás, a fala se repete em 'Festa Terror', que mostra mais uma tentativa sem sucesso por parte do rapaz (?) em busca de diversão.
Duas coisas já feitas pela banda voltam a aparecer nesse disco: um poema musicado - agora é a vez de Paulo Leminski com 'Only Life' - e uma citação ao patrão Silvio Santos na faixa 'Valéria', como ocorrido na música 'Estrela Decadente', presente no segundo disco da banda. São fatos bastante isolados, é verdade, mas a vale a pena ressaltar.
Como sempre, não há censura com as palavras. Essa característica ajuda a montar a personalidade da banda, e aqui pode ser vista na profética 'Fim do Mundo' e na conformada 'Infelizmente'.
As duas últimas músicas finalizam o ótimo disco de forma bem dançante e animada. 'Giro' traz raiva e excitação, ódio e desejo, em uma conversa curta e em tom de despedida com retorno marcado. Enquanto isso, 'Wellington' tem uma letra meio maluca que até parece um diálogo de um casalzinho infanto-juvenil com direito a diminutivo, xingamentos bobos e apelidinho para sei lá o quê (whatafuck is Pericleto? Haha), fechando os trabalhos com um ritmo convidativo a palmas e backing vocal do ouvinte.
Mais um disco de rock divertido com muita loucura e experimentalismo, resumindo, mais um trampo foda de uma banda cada vez mais foda. Dá-lhe Porcas!
Baixe o disco!
O álbum está disponível no site oficial da banda. Só cadastrar seu nome, e-mail e cidade e o download é liberado!