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Entrei na casa por volta das 23h30 e já havia um bom público curtindo o ska da Pequena Morte, banda que abusa das onomatopeias em suas canções (fator que faz com que minha namorada e colega de blog, Daniella Salles, ame o grupo de paixão. Só que não. Hehe). Faixas como 'Bom', 'Pouco a pouco' e 'Bararuê', que serviram pra aquecer a galera para o que estava por vir. Depois do primeiro show da noite e alguns sucessos do rock atual no set do DJ, a atração principal já estava pronta para agitar o Rock.
O Cachorro Grande subiu ao palco após uma curta introdução instrumental e começou com dois hits bastante conhecidos do público, 'Você não sabe o que perdeu' e 'Hey Amigo!', já demonstrando que não estavam ali pra brincadeira. 'Baixo Augusta', faixa que dá nome ao disco mais recente dos caras, veio na sequência acalmando os ânimos e prendendo a atenção dos presentes aos riffs do guitarrista Marcelo Gross, que seguiriam pelo resto da noite. Muito bem humorados como sempre, os integrantes interagiram bastante com a galera, principalmente o vocalista Beto Bruno que até "serrou" uma cerveja de alguém que estava na grade e voltou a soltar seus berros em músicas como 'Dance agora', 'Que loucura' e 'Conflitos Existenciais'.
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Uma das coisas mais bacanas nos shows da Cachorro Grande é a participação dos outros integrantes nos vocais (exceto o tecladista Pedro Pelotas), outra influência dos Beatles, além da influência claríssima na sonoridade da banda. Marcelo Gross representa bem nas faixas 'O que você tem' e 'Dia perfeito', o baixista Rodolfo Krieger solta a voz na ótima 'Deixa fudê' e o baterista Gabriel Azambuja canta na balada 'Nada a ver'. Outro ponto positivo é que o show passa por canções de todos os discos: 'A alegria voltou' e 'A hora do Brasil' do álbum "Cinema" (2009); 'Você me faz continuar' e 'Roda Gigante', de "Todos os Tempos" (2007); 'Velha Amiga', 'Bom Brasileiro' e 'Sinceramente' do "Pista Livre" (2005). Aliás, essas duas últimas fizeram com que o público cantasse a plenos pulmões, conferindo momentos emocionantes para a apresentação.
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Com o show encaminhando-se para o seu final, os fãs começaram a fazer seus pedidos por músicas antigas da banda e foram atendidos com a dupla final 'Lunático' e 'Sexperienced', faixas que abrem o primeiro e homônimo álbum da Cachorro Grande, gravado em 2001. Com o jogo ganho, os gaúchos voltaram para o bis com o clássico dos ingleses do The Who, 'My Generation', tocado de maneira mais acelerada pelos gaúchos. Ótimo show onde banda e público se divertiram em iguais proporções. E que reforça a minha teoria: se tem cerveja gelada no palco é sempre certeza de shows quentes e divertidos.
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Veja mais fotos do show no flickr do fotógrafo Jocelito Camargo.